domingo, 22 de junho de 2008

Yo naci orisha

Carlos Lustosa Filho

Coluna semanal de sexta, dia 13/07/207

 

Sou suspeito para falar deste grupo de cubanos um dos meus preferidos de música latina. Orishas misturam o hip hop com a pegada latina e fazem um som muito bom de ouvir com crítica social e o gingado que só o povo descendente dos ibéricos tem.

 

Ruzzo, Roldán e Yotuel lançaram há mais ou menos dois meses o álbum "Antiódico" com uma coletânea dos três discos anteriores e mais algumas inéditas.

 

Roldán é o cara que dá a voz salsera ao som dos caras que tranforma o som contestador do rap numa música que bem poderia ser dançada a dois num baile latino.

 

Quero destacar os clássicos "Represent", que nesta versão conta com a participação da estadunidense Heather Hunter a "Double H", "Nací Orishas" e "Hay un son".

 

Lista de músicas:



  • 01. Hay un son
  • 02. A lo cubano
  • 03. Elegante
  • 04. Emigrantes
  • 05. 5 3 7 Cuba
  • 06. Represent, Cuba feat Heather H
  • 07. Naci Orishas
  • 08. Que pasa?
  • 09. Silencio
  • 10. Connexion
  • 11. Habana
  • 12. El kilo
  • 13. Que bola?
  • 14. Quien te dijo feat Pitbull
  • 15. Una página doblada

Ainda estou devendo um texto mais profundo sobre a música latina que gosto tanto e parece ser tão desconhecida dos brasileiros - que nem imaginam o quanto ela está presente na nossa cultura musical. Enfim, vai ficar pra uma próxima oportunidade.

 

Como não esbocei muita coisa, deixo aqui também uma resenha do G1, que achei pertinente - apesar de não concordar que sete anos seja pouco tempo pra lançar coletânea... afinal nos dias de hoje, com o mercado da música tentando se achar, tudo é válido. Enfim... até a próxima.

 





 

Aos sete anos de carreira, Orishas lançam coletânea

Com menos de 10 anos de carreira e apenas três discos lançados – o primeiro, “A lo cubano”, é de 2000 – o trio cubano Orishas lança agora sua primeira compilação.

Intitulado “Antidiótico”, o disco traz os maiores sucessos do grupo, como a música que dá nome ao álbum de estréia, além de “5.3.7. Cuba”, que leva as bases de “Chan chan”, do veterano Compay Segundo, falecido em 2003.

De seu primeiro trabalho até aqui, o trio formado por Yotuel, Ruzzo e Roldan perdeu boa parte do charme que chamava atenção do público brasileiro à época em que o grupo se apresentou no país, em 2000. As referências às raízes deram lugar às rimas fáceis – e aos ternos elegantes da capa do novo álbum.

É certo que ao vivo o trio surpreendeu mais pela performance - “caliente” até demais, com direito a danças pra lá de rebolativas - do que pela música, mas em seu primeiro disco o Orishas oferecia uma contagiante mistura de rap com ritmos latinos. Seu maior mérito, talvez, seja figurar entre os poucos cubanos que ficaram conhecidos fora da ilha, vendendo mais de 1 milhão de cópias.

Se o pouco tempo de carreira não justifica o lançamento de uma coletânea, pelo menos o grupo se deu ao trabalho de acrescentar a “Antidiótico” três novas composições e duas releituras, com algumas participações especiais. “Represent”, por exemplo, ganhou vocais de Heather Headley; já “Queién te dijo” conta com Pitbull no microfone.

Das novas, “Silencio” (gravada em 1999), “Una pagina doblada” e “Hay um son”, vale destacar esta última, produzida pelo próprio grupo e escolhida como faixa de abertura. Aqui, as batidas eletrônicas são usadas com sutileza, dando lugar a trumpete, trombone e percussão, tão essenciais ao gênero.

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