domingo, 22 de junho de 2008

A voz continua a mesma, mas os cabelos...

Carlos Lustosa Filho


Coluna de 27 de março de 2007


 


Ela está de volta. Joss Stone lançou este mês seu terceiro álbum “Introducing Joss Stone”, que será o alvo da coluna de hoje. A moça deu uma modificada no seu estilo, na música, no cabelo e no visual como um todo. Ritmicamente falando, ela não deixou para trás o R&B nem o suingue (e aqueles firulas vocais que ela gosta de fazer à lá divas do soul) que a marcaram os dois primeiros álbuns, mas somou a eles vertentes mais modernosas, como o hip hop (com direito a Lauryn Hill numa participação especial).


 


Aos 19 aninhos, a cantora compôs mais de 60 músicas para selecionar as 13 que formam o seu novo trabalho cheio de referências à década de 60/70, com direito a psicodelia e "estilo Motown" (selo americano que marcou o soul com catacterísticas peculiares como o uso de pandeiros, baterias e instrumentos do "rhythm and blues" além de um estilo de 'canto-e-resposta' originário da música gospel).


 


Joss afirmou em entrevistas que nesse álbum teve maior liberdade para criar o que acabou por transformá-lo numa obra-de-arte com começo, meio e fim (os dois trabalhos anteriores “The Soul Sessions” e “Mind, Body & Soul” seguiam basicamente uma mesma linha sonora; embora aquele tivesse só regravações e este apenas canções inéditas. Juntos os dois venderam mais de 7,5 milhões de cópias no mundo inteiro).


 


“Introducing Joss Stone”, é uma tentativa de modificar o estilo “Joss”, sem perder conteúdo. Em parte o objetivo é conseguido. Pessoalmente, as músicas “Tell me what were gonna do now” (com o raper Common) e “Music” (com Lauryn Hill), as mais hip hop, soam um pouco estranho e apesar de “Baby, baby, baby” parecer muito com “Super Duper Love” de “The Suol Sessions” é uma boa música que tem tudo pra estourar nas rádios.


 


Eu também destacaria duas faixas: “Girls they won’t belive it”, que tem o estilo Motown bem destacado, um ritmo interessante que “gruda” fácil e a número 11, “Bruised but not broken”, que tem uma letra e ritmo bons parar uma dor de cotovelo, hehehe. Vale também prestar atenção na versão bônus de “Music” que é uma daquelas faixas que termina cedo, tem um buraco de silêncio no meio e termina com um sonzinho diferente.


 


Quanto ao carro-chefe “Tell me bout it”, deixo que você tire suas próprias conclusões assistindo ao clipe abaixo:


 


 



 


 


 


 


Em suma, o disco é interessante, tem faixas feitas para desde sacudir o esqueleto a deitar na cama e chorar. A cantora está menos preocupada com a ginástica gutural e com vontade de inovar, isso é bom e por si só, vale uma conferida. Para os fãs, vai ser um pouco estranho, mas nada que várias sessões de audição não resolvam. E, fala a verdade, com esse corpão e essa voz, precisa de mais algum motivo pra escutar?


 


 


Fall in love with a boy?


 


Um fato marcante acabou por sacudir a vida de Joss durante os primeiros dias do lançamento do novo álbum. O produtor da garota, Dallas Austin, que já trabalhou com Madonna, Michael Jackson, Pink e Gwen Stefani, disse em entrevista ao Rowdy TV que Joss Stone fazia sexo em troca de música. A artista rebateu, dizendo que não era prostituta e ainda cutucou a agora-totalmente-careca Britney Spears afirmando algo como “sair sem calcinha não é coisa de moça ‘direita’”. Confusões do business world à parte, (e como tem confusão nesse mundo fora de órbita...), Joss continua firme e forte divulgando seu novo trabalho na Europa e EUA, com seu novíssimo cabelo lilás e um visual bem psicodélico.


 


 


Biografia


 


Joscelyn Eve Stoker, nascida em 11 de Abril de 1987, mais conhecida por seu nome artístico Joss Stone, é uma cantora e compositora inglesa de soul e R&B. Ela nasceu em Dover, Kent, Inglaterra e passou a sua adolescência na vila de Ashill, Devon. Cresceu escutando uma grande variedade de gêneros musicais, incluindo R&B e música soul cantados por artistas como Dusty Springfield e Aretha Franklin. "Viciei-me em música soul principalmente por causa dos vocais que exigia. Tem que se ter boa voz para cantar música soul e eu sempre gostei disso, desde pequena", contou certa vez em uma entrevista.


 


Começou sua carreira em 2002, aos 14 anos e de lá para cá, já vendeu milhões de discos, engajou-se em campanhas solidárias como o “Live 8” e juntou-se a Chris Martin do Coldplay e Bono Vox, do U2, para gravar uma música de natal cuja verba foi revertida às vítimas da guerra no Sudão.


 


Em 2005, Stone foi indicada a três Brit Awards, dos quais ganhou dois – "Artista Solo Feminina Britânica" e "Artista Britânica de Música Urbana". Também foi indicada a três Grammy Awards no mesmo ano – "Melhor Artista Revelação", "Melhor Performance Vocal Feminina de Pop" por "You Had Me" e "Melhor Álbum Vocal de Pop" por Mind, Body & Soul –, onde ela cantou descalça no palco com a cantora de rock Melissa Etheridge, em tributo à cantora de blues-rock Janis Joplin.


 


 


 


O álbum


 


 


 Introducing Joss Stone


 


 



 


 


 


1. Change (Vinnie Jones Intro)


2. Girl They Won´t Believe It


3. Headturner


4. Tell Me ´Bout It (Album Version)


5. Tell Me What We´re Gonna do Now (Album Version)


6. Put Your Hands on Me


7. Music (feat Lauryn Hill)


8. Arms of My Baby


9. Bad Habit


10. Proper Nice


11. Bruised But Not Broken


12. Baby Baby Baby


13. What Were We Thinking


14. Music (Bonus)


 


 


 

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